segunda-feira, 9 de maio de 2022

 


APRESENTAÇÃO



Após dezenove anos, como poeta modernista (1988-2007) e, decorridos quatorze anos como cordelista, (2007-2021), publico este livro intitulado Cem Cordéis num Livro Só, ou seja, 100 títulos de poemas em literatura de cordel com temáticas das mais variadas possíveis para apreciação dos leitores desse estilo de poesia, que poderão se deleitar de histórias e estórias que vão do gracejo à reflexão filosófica, política, social, religiosa e amorosa. São textos poéticos tirados da vida real e também criados a partir de uma realidade fictícia, no intento de chamar a atenção do leitor para uma reflexão a respeito da vida como um todo, posto que os poemas foram colocados de forma aleatória, sem critério nenhum dos assuntos expostos, porque o propósito foi publicar, segundo a ordem da numeração em que foi criado cada cordel. 
Mas certamente, o leitor vai se deparar com assuntos tais como, o alcoolismo, a violência, a educação, a leitura, o machismo, a corrupção entre outros. Os textos seguem a tradição dos cordéis em setissílabos e decassílabos; em sextilhas, septilhas e um em trovas; na sua maioria, com 24 e 32 estrofes, porém, há textos que vão muito além das 32 estrofes, quando se tratam de cordéis romanceados que chegam a mais de 300 estrofes, como é o exemplo do cordel O PÁSSARO BEIJAMORES, entre outros.  Assim exposto, desejo a todos, uma excelente leitura!


O Autor


domingo, 23 de julho de 2017

BREVE BIOGRAFIA



BREVE BIOGRAFIA


MAURICIO CARDOSO GARCIA, pseudônimo EMECÊ GARCIA, nasceu em 19 de junho de 1961, em Natal, RN, onde vive até hoje. Morou em São Paulo, de 1980 a 1989, dez anos. Filho de Otávio Garcia e Iraci Cardoso Garcia é Pai, Professor, Poeta, Filósofo, Contista, Cronista; foi presidente da SPVA/RN; formado em Letras e Filosofia pela UFRN e pós-graduado em Literatura Brasileira na UFRN; tem vinte livros publicados, entre alguns deles: DENDROCLASTA, em poesia, São Paulo/SP – 1988; livro de Conto intitulado O MONSTREVISÃO, publicado em Natal - RN. Editora MMO Graf, 1995; livro de Poesia intitulado PARADOXO EUNIVERSAL, publicado em Natal - RN. Editora MMO Graf, 1997; POVAREJO, contos e lendas, Natal/RN – 2004; BISACO DE PENSADOR, MAIS UMA RUMA DE IDEIA, Vol.: I e II, literatura de cordel, Natal/RN, 2008; POVAREJO EM DOBRO, literatura de cordel, (em parceria), Natal/RN – 2008; CRÔNICAS DE UMA CRÔNICA VIDA, crônicas, São Paulo/SP – 2010; O MENINO DE MARÉ, romance, Natal/RN – 2012); O ESPECIALÍSSIMO, romance, 2012; SITIO STA MARAVILHA, romance, 2013; VIDA MULHER, contos, 2014; PENSARIANDO LIVROMENTE, 2013, poesias visuais; CONTOS FEMININOS, 2014; AMORTEAMO, poesias, 2015; POESIFLORANDO AMOR, prosa e versos, 2018; O PÁSSARO BEIJAMORES, literatura de cordel, 2018. tem trabalhos publicados em 4 antologias poéticas, (2 vezes na Revista Brasília, 1985 e 1987 – São Paulo; Antologia CRONISTAS CONTISTAS E POEMAS CONTEMPORÂNEOS – Projeto Literário Dellicata V – São Paulo/SP – 2010 e ANTOLOGIA LITERÁRIA VI – Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN - Natal/RN – 2011); também é Criador do Estilo Literário denominado TRITROVIN, onde já editou uma Antologia com esse estilo, 2021, com 13 seguidores tritrovinistas; Editor Alternativo e Edita os seus próprios livros e folhetos de Literatura de Cordel; Possui 100 (cem) títulos de Literatura de Cordel, (inclusive, com a sua mais recente Obra, intitulada CEM CORDÉIS NUM LIVRO SÓ, 2022; sendo este, o mais recente; tem também monografias e vários ensaios literários e filosóficos publicados em livros e blogues.


Para conhecer mais um pouco das suas ideias visite os blogues abaixo: Blog:

mauriciogarciapoe@gmail.com /
garciamc2001@hotmail.com /
facebook.com / Emecê Garcia





NOVOS TALENTOS PUBLICADOS
PELA EDITORA MMO GRAF





                                                                                                                                                   

































    
                         



                                                                               


                                                               
                                       


                                         

quinta-feira, 6 de julho de 2017

BISACO DE PENSADOR



Carrego ideias no meu
Bisaco de Pensador:
São poetas e filósofos
Justos no bem, no amor.
Sou arauto da palavra,
Da poesia, Lavrador.

No meu humilde Bisaco 

Tem poeta nordestino;
Do Romance ao Cordel
Da moira ao desatino,
Reflete todos mortais:
Que terão mesmo destino.

E vem de remotos tempos, 

Epopeia Universal:
Ilíada e Odisseia
Antiga poesia oral,
Desse poeta Homero,
Trovador descomunal.

E o fundamento oral 

Leva nome poesia.
E por sua vez, Parmênides
Fez sua Filosofia
Poema Da Natureza:
Base da Ecologia.

No meu Bisaco têm Sócrates, 

Aristóteles, Platão.
A Filosofia grega
Trazida por geração;
Pré-socráticos, também:
Heráclito e Zenão.

São Filósofos, Poetas 

Que buscam elevar o Ser
Em nome da Metafísica,
Que só enaltece o ter
Essência de fazer Bem,
Desprendimento viver.

E dos Cristãos Pensadores 

Eis, São Tomás de Aquino,
E, também Santo Agostinho,
Uma dupla do destino
Do nosso mundo cristão,
Pelo Deus nosso Divino.

Filósofo do Sertão, 

Violeiro cantador;
E quem romanceia terra
É chamado escritor;
Os que falam com encanto:
Cordelista, glosador. 

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O IRMÃO QUE VIGIAVA




















1
Perdi o meu pai, criança,
Eu era muito pequena;
Morreu de morte morrida,
Muito triste aquela cena;
Tão de vez, quase maduro
A Deus deixei meu futuro
Minha dor de fazer pena!
2
Porrada, chumbo ou faca
Isto é morte matada;
Mas, bebeu água de coco
E misturou com coalhada;
De repente, pereceu,
Morte morrida se deu,
A vida findou do nada.
3
Pai com vinte e quatro anos
Morreu, eu só tinha seis;
Minha mãe enviuvou,
Os rebentos eram três,
Para carregar nas costas;
E eu, sequer fiz apostas
Nem de hora, dia, mês.
4
Papai não tinha emprego,
A gente foi a herança;
Eis a riqueza da casa
Que eu guardo na lembrança;
Mamãe nova e bonita
Só se vestia de chita
Sem dinheiro nem poupança.
5
A sua e mais três bocas
Quem ia alimentar?
Ela não teve escolha,
O jeito foi arrumar
Um padrasto para a gente
E eu triste e carente
Foi difícil aceitar.
6
Eu não pude fazer nada,
Não dão ouça à menina!
Mesmo com querer e sonho,
Mas, a vida Severina;
Do mais velho, meu irmão,
Fez-se pai na direção
Transformou a minha sina.

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OS AMORES DO CANGAÇO





















1
O cangaço no Nordeste,
Não contempla só o ódio;
Há momentos de beleza,
Onde o cloreto de sódio,
Tempera bem o amor
E leva todos ao pódio.
2
Lampião pelas andanças
Marcou assim sua sina;
Perdidinho pelas brenhas
Do amor de uma menina;
Que flechou seu coração,
O seu nome, Lamparina.
3
Mas, o destino dum homem
Ao que tange o amor;
Ainda é um mistério,
Tal qual no jardim a flo;
Que desabrocha um dia,
Entre espinhos no albor.
4
De repente apareceu,
Outra moça no caminho;
Seu nome era a beldade,
Nos olhos tanto carinho;
Era Maria Bonita,
A rara flor sem espinho.
5
Maria e Lamparina
Tinham semelhante alma;
Belíssimas e quão doces,
Como o fruto da palma;
Porém na sina do amor,
Quase que perderam a calma.
6
Dois destinos femininos
Buscam um só coração;
Pois sendo o mesmo alvo:
Virgolino, o Lampião,
Que se via dividido,
No afã dupla paixão.
7
Duas lindas nordestinas
Que invadiram o seu ser;
De homem bravo e forte,
Atiçaram o seu viver;
Ao sentimento do amor,
Que em tudo faz vencer.

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