terça-feira, 13 de dezembro de 2016

OS AMORES DO CANGAÇO





















1
O cangaço no Nordeste,
Não contempla só o ódio;
Há momentos de beleza,
Onde o cloreto de sódio,
Tempera bem o amor
E leva todos ao pódio.
2
Lampião pelas andanças
Marcou assim sua sina;
Perdidinho pelas brenhas
Do amor de uma menina;
Que flechou seu coração,
O seu nome, Lamparina.
3
Mas, o destino dum homem
Ao que tange o amor;
Ainda é um mistério,
Tal qual no jardim a flo;
Que desabrocha um dia,
Entre espinhos no albor.
4
De repente apareceu,
Outra moça no caminho;
Seu nome era a beldade,
Nos olhos tanto carinho;
Era Maria Bonita,
A rara flor sem espinho.
5
Maria e Lamparina
Tinham semelhante alma;
Belíssimas e quão doces,
Como o fruto da palma;
Porém na sina do amor,
Quase que perderam a calma.
6
Dois destinos femininos
Buscam um só coração;
Pois sendo o mesmo alvo:
Virgolino, o Lampião,
Que se via dividido,
No afã dupla paixão.
7
Duas lindas nordestinas
Que invadiram o seu ser;
De homem bravo e forte,
Atiçaram o seu viver;
Ao sentimento do amor,
Que em tudo faz vencer.

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