I
Meu leitor eu vou narrar,
Uma história muito triste;
Que há muito acontece,
Pensa-se que não existe;
Acha-se que é ficção,
Porém, não se engane não;
Posto que ela insiste.
II
O mundo inteiro resiste
Em não dá a solução;
Desde que terra é mundo
É a mesma maldição;
O rico de tudo come;
O pobre morre de fome;
Na eterna inanição.
III
Eu vinha sem direção,
A caminhar na cidade;
Observando a todos
Viverem felicidade;
Todo mundo apressado,
Com cara de estressado,
Distantes da caridade.
IV
Mas, desde tenra idade
É Deus para todo mundo;
Cada um para si mesmo,
Um caos a todo segundo;
Sozinhos na multidão,
Vivem mesma solidão,
Num poço muito profundo.
V
Porém, eu meditabundo,
Na cena que assistia;
Para mim muito esdrúxula,
Parecia uma utopia;
Mexeu com minha razão,
Fraquejou meu coração,
Numa só melancolia.
VI
O real em pleno dia
Sentado a minha frente;
E todo mundo passava,
Ora ateu e ora crente;
Todo mundo desligado,
Eu me sentindo culpado,
Ante a cena indigente.
VÍI
Esse mundo tá demente?
Mas cadê evolução?
É plena modernidade,
O povo todo cristão;
Mas por que tanto descaso?
Pra mim só vejo atraso,
Na tal civilização.
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