I
Eu “Confesso que
Vivi”.
Esta máxima é de
Neruda;
Eu tirei de um livro
seu
Dela fiz a minha
ajuda,
Para as minhas
confissões
Como também
confusões
E Deus meu que me
acuda.
II
Eu me chamo
Jovelina,
Sou
norteriograndense;
Queimada do sol da
praia
Sou purinha
natalense;
Porque sou muito
mulher
Pois eu digo o que
quiser,
Reflita, medite e
pense.
III
Meio século de
existência
Hoje com essa idade,
Diria Dercy
Gonçalves:
Toda língua é
liberdade,
Pois tudo que quero
eu digo
Sou dona do meu
umbigo
Pra toda
diversidade.
IV
Isso é democracia
E pra que serve
então,
Ter direitos e
deveres
Se não usa a
expressão?
Afinal, eu não
menstruo
Pois, então, eu me
instruo,
Sei mais que muito
machão.
V
Das entranhas são
três filhos,
Todos machos como o
pai;
Sou uma supermulher
Não sinto sequer um
ai;
Pois, confesso que
vivi
Foi pra isso que
nasci
E comigo racha ou
vai.
VI
Eu tinha três
namorados
Fugia pra encontrar;
Fora, no meio da rua
O rapaz a me
esperar;
Sempre fui a mais danada,
Levei surra
molestada
E nada de eu chorar.
VII
Eu apanhava demais,
Parecia uma demente;
E nunca me emendava
Mamãe estava
descrente,
Por eu ser tão
maluvida
Mas, era muito
querida
Dela e de muita gente............................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário