terça-feira, 13 de dezembro de 2016

OS DESAFIOS DE EVANEIDE





















1
A MORTE ENSINA A VIVER.
Esta expressão é minha;
Eu acabei de criar,
E me veste inteirinha;
Cabe à minha própria pele,
Quem quiser que me revele;
Eis minha alma purinha.
2
Sócrates, William Shakespeare,
Galileu e outros mais;
Criaram as suas máximas.
Então, senti-me capaz;
Ante a mediocridade,
Expressei minha verdade,
Com o meu pensar voraz.
3
Eu era muito pequena,
Quando eu senti nas costas,
O fardo da minha vida;
Porém, sequer fiz apostas,
E sendo eu nordestina,
Deus traçou a minha sina,
Aos poucos vi as respostas.
4
Nasci numa terra árida,
Esturricada e dura;
Igual coração de homem
Esta medíocre figura;
Inclusive o do meu pai,
Que sequer dava um ai,
Nem de dor nem de brandura.
5
- Como Deus criara gente
Tão rude e tão cruel?
Traçoeira  e tão braba,
Igualmente cascavel?
- Não, Deus não os fez assim;
Deram-se a esse fim.
- Eram puros como mel.
6
Aprendi que a seca era
Um ciclo muito constante;
Ora pior que o Saara,
Ora a Amazônia gigante;
Mas, o coração do homem,
Quão patife nos consomem
Como bruto ignorante.
7
Pense na complexidade
Da tal natureza humana!...
Eu era muito calada,
Igual estátua insana,
De Rodin a escultura,
Coisa mais linda e pura;
O meu ser não se engana.

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